quinta-feira, janeiro 17, 2008

Consciência Corporal

Outro facto associado ao sedentarismo, tem que ver com a predominância da mente sobre os impulsos e percepções corporais.

No fundo, como que se existisse um esquecimento do corpo, olhando-se sobretudo para a vontade do intelecto. Como que gerando uma dissociação ou separação entre corpo e mente.

Um dos nossos principais Mestres é precisamente o corpo através dos sinais que ele nos transmite, como que avisos nos alertando no sentido de repor um equílibrio orgânico (conectado à Vida). Quando ignoramos esses sinais, forçando a razão da mente e de principios morais dissociados dessa pulsação orgânica interna, corre-se o risco de gerar dissociações que depois se repercurtem a vários níveis (desde conflitos vários, até à própria doença corporal).

Ao estarmos atentos a essas percepções e sinais corporais, com que ganhando uma consicência corporal refinada, ressurge uma nova vibração nos nossos corpos, e impregnamos de uma nova qualidade aquilo que fazemos.

Conseguimos gerir melhor as tensões corporais, o esforço além do que é salutar e orgânico, o stress. Passamos a dar mais valor à "qualidade" do que fazemos em vez da "quantidade" do que é feito.

A consciência corporal trás, por isso, mais qualidade à vida e uma vibração mais refinada, contribuindo para desfazer tensões e esforços desnecessários e que nos consomem (ao invés de se viver a vida, somos vividos pela vida). Como resultado surge ainda o renascer de uma fluidez natural e orgânica trespassando em nós e no que nos envolve.

Outra consequência deste aspecto, é que a vida fica mais simples e centrada no que é realmente necessário, evitando uma dispersão do corpo por várias tarefas inúteis e que resultam depois em tensão.