terça-feira, julho 10, 2007

Reflexões I

Sobrestimulação oriunda dos vários apelos do dia-a-dia... a corrida para chegar a horas... o stress para ter que realizar o trabalho no prazo apertado... a hora curta para almoço... a corrida vai e vem... depois pode-se entrar numa corrida de desenvolvimento pessoal para tentar sair da corrida do dia-a-dia... são consultas atrás de consultas... vivências atrás de vivências... ou divertimentos uns atrás dos outros... na tentativa, ora de esquecer, ora de ultrapassar, a corrida do dia-a-dia... e assim junta-se mais uma corrida à corrida que já havia... agora são duas corridas.

No meio de toda esta sobrestimulação, como se sente o corpo? Que tipo de respostas está a dar em meio de todas estas solicitações externas? Responde quase de forma automática (e reactiva) ou consegue actuar na base de um centro conectado com o que se sente? Esses impulsos de vida internos são uma base de orientação no dia-a-dia, ou são simplesmente "engolidos" pela rotina?

Ficamos identificados totalmente com esse turbilhão de pensamentos e emoções automatizados pelas reacções do dia-a-dia, ou conseguimos criar espaço, abrir espaço para que possamos escutar o que sentimos? Abrir um espaço... respirar... deixar um vazio interpor-se entre mim e esses pensamentos... não significa propriamente reprimir, rejeitar ou desqualificar esses pensamentos e emoções... significa deixá-los vir, deixá-los estar e, em simultâneo, abrir espaço para que uma outra respiração possa também emergir.

Um Abraço,
Pedro