sexta-feira, junho 23, 2006

Relação afectiva

“Um dia vai existir uma escola na qual os seres humanos irão aprender através do movimento e da música como se transformar e renascer fisicamente e mentalmente”
Omram Mikhael Aivanhov

"A nossa pele‚ o limiar de um mistério maravilhoso. No contacto afectivo, na busca da intimidade esta contido o circuito da energia vital!"
Rolando Torro

Estas frases me transladam para um outro patamar da existência... onde face a uma personalidade forte, face a um conjunto de opiniões e argumentações incisivas e linearmente crentes, um simples toque suave, poético, doce, amoroso pode fazer toda a diferença. Ou um simples sorriso de amor pelo outro e pela vida.

Invasão do espaço alheio

A invasão do espaço alheio se faz quando nos intrometemos indevidamente (ou seja, sem nos ser dada permissão), directa ou indirectamente (por exemplo, opinando sobre determinado assunto mas com a intenção de alertar a outra pessoa para certo aspecto da sua vida), na vida pessoal de outra pessoa.

Sem nos ser dado esse consentimento expresso, sem haver receptividade, sem haver caminho aberto para passar essa informação, é como que se estivessemos a nos intrometer abusivamente onde não somos chamados, chegando ao ponto de quase tentativa de manipulação do outro.

Para evitar isso, é importante centrarmo-nos em nós próprios, no que sentimos, nas nossas experiências de vida, e expressarmo-nos nessa base.

E uma história contada por nós de forma entusiasmada e viva, ou alguma experiência de vida contada de forma emocionada, podem fazer ressonância na outra pessoa, a tal ponto dela se sentir confiante conosco, atraída por nós, e sentir o àvontade suficiente para entrar em intimidade conosco.

O fundamental aqui é elevar nossa consciência no sentido de auto-regular as tentativas de entrar abusivamente no espaço próprio do outro. Assim como também nos sabermos proteger no caso de outras pessoas o fazerem para conoscos... e podemos simplesmente dizer "Obrigado pela tua sugestão, mas em relação à minha vida pessoal eu cuido dela! Sugeria que te expressasses sobre ti próprio e com base no que sentes.".

quinta-feira, junho 22, 2006

Ligação à Natureza

Um coisa essencial que me faz reflectir é... porque chegou esta civilização a um paradigma de quase extinção? Em meados do século passado foi a 2ª guerra mundial que levou Rolando Toro e outros pessoas a repensarem o modelo civilizacional. Hoje em dia, a guerra se faz mais pela "calada", mas surge um novo desafio: o aquecimento global planetário, fruto dos maltratos do homem para com a terra. E isso me levanta a seguinte conclusão:
Para mim a cultura que o Homem montou leva à extinção porque simplesmente o Homem se dissociou da sua ligação à Natureza, com a vastidão de significados que tudo isso implica.O Homem na sua relação pura com a Natureza, vive em comunidade (pois isso é essencial à sua sobrevivência - só em grupo consegue produzir alimentos, pois sozinho é muito mais difícil), não precisa de tecnologia, se focaliza nas actividades "primárias" (agricultura e protecção). Se o Homem se enfocar em grupo apenas na colecta de alimentos e na protecção do clã (condições de calor no vestuário e na dormida), se reestabelece a ligação primordial do Homem com a Natureza. A questão é que retornar agora a este ponto é complicado, pois séculos de culturas civilizacionais dominados pelo dinheiro deixam marcas profundas. Eu próprio, me acomodei e adaptei a essa cultura. Fui educado nela, trabalho nela e vivo nela. Qualquer mudança me parece que se faz com muita progressividade. Mas actualmente sinto que pretendo refazer essa ligação com a Natureza de forma primordial (mas progressivamente e sem entrar em desharmonia comigo e com o meio).